segunda-feira, 12 de setembro de 2016

O que são Peixes?




Os peixes são animais vertebrados, aquáticos, tipicamente ectotérmicos, que possuem o corpo fusiforme, os membros transformados em barbatanas ou nadadeiras (ausentes em alguns grupos) sustentadas por raios ósseos ou cartilaginosos, guelras ou brânquias com que respiram o oxigénio dissolvido na água (embora os dipnóicos usem pulmões) e, na sua maior parte, o corpo coberto de escamas.
Os peixes representam a maior classe em número de espécies conhecidas entre os vertebrados. Acredita-se que os peixes tenham surgido por volta de 45 milhões de anos atrás.
Os peixes ocupam as águas salgadas dos mares e oceanos e as águas doces dos rios, lagos e açudes. Nesse grupo, existem cerca de 24 mil espécies, das quais mais da metade vive em água salgada. O tamanho médio dos peixes pode variar de um centímetro a até cerca de 18 metros.
Provavelmente, foram os primeiros vertebrados a surgir na Terra, e eram pequenos, sem mandíbula, tinham coluna vertebral cartilaginosa e uma carapaça revestindo seus corpos.


Respiração dos peixes
A maioria dos peixes respira por meio de brânquias, também conhecidas como guelras. A água entra continuamente pela boca do peixe, banha as brânquias e sai pelas aberturas existentes de cada lado da cabeça.
Nas brânquias, onde existem muitos vasos sanguíneos, o gás oxigênio dissolvido na água passa para o sangue. Ao mesmo tempo, o gás carbônico que se forma no organismo do animal e que está no sangue passa para a água, sendo eliminado do corpo.
O coração dos peixes tem duas cavidades um átrio e um ventrículo - e por ele circula apenas sangue não-oxigenado. Depois de passar pelo coração, o sangue não oxigenado vai para uma artéria e dai para as brânquias, onde recebe gás oxigênio. A seguir, esse sangue, agora oxigenado, é distribuído para todos os órgãos do corpo do animal.


Temperatura corporal
Os peixes são animais pecilotérmicos. Isso significa que a temperatura do seu corpo varia de acordo com a do ambiente. A temperatura do corpo dos peixes em geral mantém-se mais ou menos próxima à temperatura ambiental.



PARTE EXTERNA
1 -  Barbatana dorsal espinhosa: Proporciona a estabilidade dos peixes.
2 -  Barbatana dorsal mole
3 -  Barbatana caudal: proporciona aos peixes propulsão, equilíbrio e velocidade ao nadarem.
4 -  Barbatanas peitorais: Elas possibilitam os peixes ao se locomover um melhor equilíbrio, freio e recuo e da a meia volta quando necessário.
5 -  Barbatanas pélvica: Essas barbatanas é que dão aos peixes direção e freio.
6 -  Barbatana anal: Possibilitam os peixes a manter sua estabilidade.
7 -  Pedúnculo
8 -  Escamas
9 -  Linha Lateral
10 - Ânus
11 - Opérculo
12 - Olhos
13 - Narinas
14 - Boca



PARTE INTERNA
1 -  Bexiga nadatória: É uma espécie de bolsa nadatória, que se enche e esvazia mantendo assim a flutuação dos peixes na profundidade desejada, sem exigir deles muito esforço.
2 -  Estômago: A digestão é feita quase toda nele, como o bacalhau comem conchas inteiras com casca e tudo, o estômago ajuda a facilmente digerí-las. 
3 -  Coração: Com apenas duas camadas em vez de quatro como é as dos mamíferos, ele ativa a circulação sozinho do sangue sem o auxílio do pulmão.
4 - Ovário: A fêmea desova milhares e até mesmo milhões de ovos, que são fecundados pelo macho, pena que apenas só alguns deles conseguem sobreviver.
5 -  Músculos: Dispostos em segmentos, eles impulsionam os peixes para frente com movimentos ondulares.
6 - Linha Lateral: Por meio dessa fileira de escamas, o peixe consegue perceber qualquer alteração no fluxo da água, conseguindo com isso perceber os obstáculos e desafios pelo caminho e ajuda também a detectar e se desviar de animais e predadores durante os trajetos constantes. 
7 -   Boca: Dependendo da espécie, ela ajuda tanto a engolir como a morder e mastigar alimentos.
8 -   Fígado
9 -   Brânquia (guelra)
10 - Intestino, pedúnculo, espinha dorsal completam sua composição. 

Grupo dos peixes
Peixes Cartilaginosos
São conhecidos cientificamente como condrictes (classe Chondrichthyes), são peixes que possuem esqueleto composto por cartilagem.
Principais características dos peixes cartilaginosos
- Esqueleto formado exclusivamente por cartilagem.
- A fecundação é interna sem presença de larvas.
- Presença de claspers (órgãos copuladores). 
- Os peixes cartilaginosos não possuem bexiga natatória.
- A ureia é a principal excreta nitrogenada expelida por estes peixes.
- Presença de boca ventral.
Exemplos de peixes cartilaginosos:
- Arraia
- Tubarão
- Torpedo
- Peixe-serra


Peixe-bruxa
O Peixe-Bruxa é mais um daqueles animais marinhos difíceis de classificar devido suas características únicas e, por causa de sua linhagem primitiva, não se tem certeza nem se é correto definí-lo como “peixe”.Apesar de às vezes serem referidos como enguias, isso também não está certo. A única coisa relacionada a esse animal que é quase um consenso entre a comunidade científica e a mídia popular, é que ele seria a criatura mais nojenta de todo o oceano.
As fêmeas produzem 20-30 ovos com 20-25 mm de diâmetro, providos duma casca córnea com um grupo de filamentos em forma de âncora em cada extremidade.


Peixe Lampreia
As lampreias são anádromas, peixes que se reproduzem em água doce, porém migram para o mar para desenvolver-se até a fase adulta, e pertencem à ordem Petromyzontiformes, agrupadas na família Petromyzontidae.
-Vive no mar
-Corpo longo e liso
-Boca sem dentes e bem redonda.
Os peixes do grupo dos peixes-bruxas e das lampreias também podem ser classificados em um único grupo: o dos agnatos, expressão que significa “peixes sem mandíbula”.


Os Peixes Ósseos
Os peixes ósseos são o grupo mais vasto (correspondem a 9 em cada 10 espécies) e diverso de peixes atuais. Estes animais habitam todos os tipos de água, doce, salobra, salgada, quente ou fria (embora a maioria seja limitada a temperaturas entre 9 e 11ºC). Esta é a classe mais recente do ponto de vista filogenético, bem como a considerada mais evoluída. A taxonomia dentro desta classe tem sido frequentemente alterada, devido à descoberta de novas espécies, bem como de novas relações entre as já conhecidas.
-Possui mandíbula e maxilar
-Não precisam de barbatana
-Sem pálpebras
-Possui linha lateral
-Fecundação externa
Exemplos de peixes ósseos:
-Cavalo-marinho
-Peixe-palhaço 
-Sardinha.


Os peixes do grupo dos peixes-bruxas e das lampreias também podem ser classificados em um único grupo: o dos agnatos, expressão que significa “peixes sem mandíbula”.

Alimentação e digestão

Os peixes pelágicos de pequenas dimensões como as sardinhas são geralmente planctonófagos, ou seja, alimentam-se quase passivamente do plâncton disperso na água, que filtram à medida que "respiram", com a ajuda de branquispinhas, que são excrescências ósseas dos arcos branquiais (a estrutura que segura as brânquias ou guelras).
Algumas espécies de maiores dimensões têm também este hábito alimentar, incluindo algumas baleias (que não são peixes, mas mamíferos) e alguns tubarões como os zorros (género Alopias). Mas a maioria dos grandes peixes pelágicos são predadores ativos, ou seja, procuram e capturam as suas presas, que são também organismos pelágicos, não só peixes, mas também cefalópodes(principalmente lulas), crustáceos ou outros.
Os peixes demersais podem ser predadores, mas também podem ser herbívoros, que se alimentam de plantas aquáticas, detritívoros, ou seja, que se alimentam dos restos de animais e plantas que se encontram no substrato, ou serem comensais de outros organismos, como arémora que se fixa a um atum ou tubarão através dum disco adesivo no topo da cabeça e se alimenta dos restos de comida que caem da boca do seu hospedeiro (normalmente um grande predador), ou mesmo parasitas de outros organismos.
Alguns peixes abissais e também alguns neríticos, como os diabos (família Lophiidae) apresentam excrescências, geralmente na cabeça, que servem para atrair as suas presas; essas espécies costumam ter uma boca de grandes dimensões, que lhes permitem comer animais maiores que eles próprios. Numa destas espécies, o macho é parasita da fêmea, fixando-se pela boca a um tentáculo da sua cabeça.
Alguns peixes são herbívoros, alimentando-se principalmente de algas. Outros são carnívoros, e alimentam-se de outros peixes e de animais diversos, como moluscos e crustáceos.
Nas zonas abissais - os grandes abismos oceânicos, destituídos de luz -, onde os seres fotossintetizantes não sobrevivem, há muitos peixes detritívoros, que se alimentam de restos orgânicos oriundos da superfície iluminada, e também peixes carnívoros.
O sistema digestório dos peixes é constituído de boca, faringe, esôfago, estômago e intestino, além de glândulas anexas, como o fígado e o pâncreas.

O Sentido dos Peixes

LINHA LATERAL: São células sensoriais que aparecem ao longo de cada lado do corpo. Claramente visível ela é que dá ao peixe plena percepção de qualquer movimentação na água e a absoluta identificação de suas presas e inimigos. É um verdadeiro radar que orienta o peixe em tudo.

VISÃO: Algumas espécies conseguem distinguir cores tão bem quanto o ser humano, não acontecendo o mesmo quanto à forma e relevo das coisas. A isso se deve o sucesso das iscas artificiais. Como a mosca, por exemplo, o peixe não consegue distinguir a verdadeira daquela comprada ou confeccionada pelo próprio pescador. Quanto a percepção das cores, a medida que o peixe afunda ele perde a noção do vermelho; ao ir mais para o fundo a do amarelo e finalmente o azul mais ao fundo. 

SUA AUDIÇÃO: Apesar de possuir ouvidos, o peixe não houve muito bem. Ajuda-o neste caso a linha lateral. Outra coisa que ajuda é que o som caminha melhor dentro da água do que fora. A deficiência auditiva do peixe é ainda compensada pela captação de sons através dos ossos da cabeça. Por isso é bom evitar pancadas no fundo do bote, barco, batida de remos, devendo usar sapatos que não causem ruídos.

SEU PALADAR: A maioria dos peixes pode definir o paladar em diferentes graus, embora algumas espécies possam saborear e identificar o alimento.

SEU OLFATO: O peixe é um exímio e excelente cheirador. Os salmões, por exemplo, retornam milhares de quilômetros do mar guiados pelo cheiro que ficou na migração anterior, para desovar nos riachos e ribeirões onde reproduzem sua prole. Também é pelo cheiro que os peixes identificam seus predadores.

SEU SENTIDO E TATO: A maioria das espécies de peixes tem um sentido de tato muito aguçado e desenvolvido, de forma que assim, o peixe consegue abocanhar as iscas artificiais, de várias formas. Por fim, seja na pesca de praia, alto mar, rios ou em lagos o peixe sempre estará alerta e a todo e qualquer movimento, barulho e cheiro ao seu redor.

Peixes de água doce:

Lambari é conhecido popularmente como Piaba. Sua espécie é distribuída por todo o Brasil. O Lambari habita rios, riachos, lagoas e represas, mesmo onde há ocupação humana.
Alimentam-se de frutos, sementes e insetos terrestres, vegetais aquáticos, escamas, ovócitos e outros peixes. Até mesmo detritos e sedimentos são consumidos pelo Lambari.
Sua fecundação é externa e não sobem os rios para desovar.
O Lambari é um pequeno peixe de escamas, com coloração prateada, e nadadeiras variando entre amarela, vermelha ou preta. Seu corpo é alongado e um pouco comprimido. Possui duas manchas, sendo uma próxima à nadadeira peitoral, com forma ovalada e posição horizontal, e outra em forma de clava, seguindo do pedúnculo caudal à porção mediana do corpo. Chega, ao máximo, a 200mm de comprimento.

Peixes de água salgada:

Peixe Agulha

Nome Popular Agulha, Agulhão, Timbale/Needlefish
Nome Científico Strongylura marina e Strongylura timicu
Família Belonidae
Distribuição Geográfica Regiões Norte, Nordeste e Sudeste.

Descrição
Peixe de escamas diminutas; corpo alongado e fusiforme; boca comprida, formando um bico com numerosos dentes pontiagudos. As nadadeiras dorsal e anal estão localizadas na mesma posição na parte posterior do corpo e têm aproximadamente o mesmo tamanho. S. marina é prata esverdeado e alcança 50cm de comprimento total. No Brasil ainda ocorre S. timucu mais ou menos do mesmo tamanho que S. marina, mas de coloração cinza escuro e com uma faixa lateral azul prateada bem evidente.
Ecologia
Espécie pelágica que ocorre principalmente em águas costeiras, podendo entrar nos rios. Forma pequenos cardumes, sendo muito rápida e voraz. Alimenta-se principalmente de pequenos peixes. Em algumas regiões é apreciada como alimento.
Equipamentos Equipamento leve; linhas 0,30 a 0,35 com bóia e rabicho de 50cm após a bóia; anzóis pequenos de n° 14 a 18. Pega bem em iscas artificiais, porém escapa muito também.
Iscas Iscas naturais, principalmente pedaços de camarão. Use também iscas artificiais de até 15 cm de meia água, com três garatéias.

Dicas Para capturar S. marina normalmente se vê o cardume nadando pela superfície. 

Nome Popular Badejo/Grouper
Nome Científico Mycteroperca spp.
Família Serranidae
Distribuição Geográfica Regiões Norte, Nordeste, Sudeste e Sul (do Amapá ao Rio Grande do Sul).

Descrição
Existem no Brasil 6 espécies de badejo (Família Serranidae), além de 3 de peixes sabão/badejo sabão (Família Grammistidae). São peixes de escamas; coloração escura (marrom ou cinza, dependendo da espécie), com manchas cujo padrão e coloração também varia com a espécie. A espécie mais comum é o badejo-mira (badejo-saltão badejete) Mycteroperca acutirostris que apresenta manchas claras e irregulares no corpo. O badejo-quadrado Mycteroperca bonaci é bem característico por apresentar grandes manchas retangulares escuras no dorso e nos flancos; alcança em torno de 1,5m de comprimento total e 100kg. O badejo-mira é menor, podendo alcançar 80 cm de comprimento total e 10kg.
Ecologia
Os badejos são peixes típicos dos costões rochosos e recifes de corais, mas também podem ser encontrados em estuários, em locais onde existem tocas. Nunca são encontrados em águas com baixa salinidade. Vivem sozinhos quando maiores ou em pequenos grupos de 5 a 10 indivíduos. São peixes carnívoros, que se alimentam de peixes, moluscos, crustáceos e equinodermos. São muito apreciados pelos pescadores esportivos e pelos comerciais.
Equipamentos Equipamentos do tipo médio/pesado a pesado. As linhas devem ser de 17 a 50 lb. e altamente resistentes à abrasão, para evitar que se rompam ao atrito com as pedras. Recomenda-se o uso de linhas Kevlar (multifilamento). No caso de se usar monofilamento, é indispensável um líder com linha mais grossa. Os anzóis devem ser resistentes: nº 5/0 a 10/0.O uso de empates de aço é opcional.
Iscas Iscas naturais, camarões vivos, peixes inteiros ou em filés (sardinhas, bonito etc.). As iscas artificiais, como jigs, plugs de meia água, shads, grubs e camarões artificiais devem ser trabalhados junto ao fundo. As cores verde e amarelo fortes são as preferidas.

Dicas É muito difícil capturar exemplares de grande porte, como o badejo-quadrado, ainda muito comum no Nordeste, por causa da força e pelo fato do peixe se entocar logo que é fisgado. O badejo-mira é mais fácil de ser capturado. Os equipamentos de ação rápida e varas mais duras diminuem as chances do peixe se entocar. Logo que fisgar um badejo, não o deixe tomar linha, puxando-o para longe da toca 

Candiru

Candiru é conhecido popularmente como Canero e Peixe-Vampiro.Sua espécie é distribuída nas Bacias Amazônica, Prata, São Francisco e na do Leste. O Candiru é um peixe que habita tocas em fundos arenosos ou lamacentos. É um peixe hematófago (alimenta-se de sangue), penetrando por orifícios da vítima e mordendo uma de suas artérias, com seus dentes afiados. Ainda não se sabe muito sobre a reprodução do peixe Candiru.
O peixe Candiru possui o corpo muito liso. Possui coloração azulada, aspecto luminoso e olhos pequenos. Seus ossos são afiados, com uma série de espinhos em torno da cabeça. Esse peixe é um parasita. Perfura as escamas dos peixes ou se aloja em suas guelras, extraindo o sangue ao se fixar no local. Tem forma de enguia e é quase invisível na água. Pode alcançar comprimentos de 2,5 a 18 cm, com corpo muito delgado, com 6 mm de largura.
Tome cuidado O Candiru é muito temido pelos nativos da região amazônica, pois é atraído pelo fluxo da urina (no caso do banhista nu), penetrando na uretra, no ânus ou na vagina. Quando ele se fixa para sugar o sangue da vítima, abre a parte posterior do corpo, dificultando a sua saída. Além disso, suas nadadeiras possuem o formato de um guarda-chuva. Por isso, o Candiru só pode ser retirado por meio de cirurgia ou por meio do uso de duas plantas, a Xagua e um tipo maçã, cujo extrato é inserido na área afetada. Este tem a função de dissolver o peixe. Mas frequentemente, a infecção causa choque e morte das vítimas antes que o peixe possa ser removido. Medidas preventivas: -Evite nadar sem trajes de banho que cubram os órgãos genitais; -Não nadar em locais desconhecidos sem antes falar com pessoas que conheçam a região; -Evitar entrar na água com cortes e arranhões recentes que possam sangrar; -Jamais urine na água, já que a ureia pode atrair o Candiru e outros predadores; -Caso seja atacado por um Candiru, não puxe em sentido contrário, porque os seus dentes podem rasgar a uretra. Procure um médico imediatamente!


Tilápia

Tilápia é conhecido popularmente com o mesmo nome. Sua espécie é distribuída em todas as Bacias do Brasil, disseminada por meio de peixamentos.
A Tilápia habita águas lênticas de lagoas e represas. É adaptável à água salgada.
A Tilápia é um peixe omnívoro, herbívoro ou fitoplanctófago. Alimenta-se de insetos, microcrustáceos, sementes, frutos, raízes, algas, plâncton e pequenos peixes.
A reprodução ocorre a partir dos seis meses de idade, sendo que a desova pode ocorrer mais de quatro vezes por ano. Como protege a prole, o índice de sobrevivência da espécie é bastante elevado.
A Tilápia é um peixe de escamas, com corpo um pouco alto e comprimido. Possui coloração verde-oliva prateada, com sobras verticais negras. A cor da nadadeira dorsal também é verde-oliva, com uma linha vermelha e branca até cinza-escuro com pontos oblíquos. Já a nadadeira caudal é pontuada na porção dorsal, vermelha ou amarela na porção ventral. Pode atingir 45 cm de comprimento e 2,5 kg de peso.


Onde os peixes vivem e porque
Existem cerca de 23 mil espécies de peixes. Eles vivem em ambientes aquáticos, seja em lagos, rios, represas ou mares. São peixes de água doce: lambari, pintado, dourado, tilápia, piranha, tucunaré. No mar encontra-se: atum, salmão, bacalhau, anchova, marlim, sardinha e vários outros.

Cada um deles evolui e se desenvolve em seu ambiente especifico, portanto não suportariam ser trocados de ambiente, o máximo que eles suportam são variações de salinidade.
Exemplo dos peixes marinhos: O líquido presente em seu corpo tem a mesma quantidade de sal do mar, portanto se colocado em água doce a quantidade de sal do seu corpo será maior, assim ele absorverá muita água e não vai conseguir elimina-la, porque os rins não darão conta desse esforço. O animal incha até se seus órgão se rompam e ele morra.
Exemplo dos peixes de água doce: O peixe possui bem menos sal no corpo do que os de água salgada, portanto perderá líquido até que fique desidratado e morra.
Mas existem algumas exceções como o salmão, robalo e a tainha, que conseguem suportar uma mudança de salinidade, porque possui rins mais eficientes e glândulas que eliminam o sal.
Reprodução
Há 3 tipos de reprodução:
Ovíparos: os filhotes se desenvolvem fora do corpo da mãe, dentro do ovo que contém os nutrientes necessários. Mais de 90% dos peixes pertencem a essa categoria (Ósseos).
Vivíparos: os filhotes se desenvolvem dentro do corpo da mãe recebendo diretamente dela os nutrientes necessários (Cartilaginosos).
Ovovivíparos: ocorre uma combinação das duas formas, isto é, os filhotes se desenvolvem dentro do ovo e dentro do corpo da mãe. Na hora do nascimento, os filhotes saem do ovo.
O dourados faz parte do grupo dos peixes que crescem sem o cuidado dos pais. Como a correnteza pode espalhar os gametas, machos e fêmeas lançam milhões deles para que o maior número de embriões sejam formados. Assim os ovos são carregados até chegarem num lago de águas calmas, onde os alevinos se desenvolvem sozinhos, apesar dos milhões de filhotes, apenas de 30 a 50 descendentes sobreviverão até se tornarem adulto.
Há aqueles que precisam do cuidado dos pais como a Tilápia. O pai cava um ninho com a boca que se parece a uma cratera, e para atrair a fêmea, se exibe, deixando o ninho sempre arrumado e fica mais colorido. Se uma fêmea gostar, ela entrará no ninho e desovará, depois o macho fará o mesmo, liberando o sêmen, por último, a fêmea recolherá os ovos para dentro da sua boca e irá embora. O macho depois irá arrumar o ninho e tentará atrair outras fêmeas para o acasalamento.


O peixe Paulistinha na fase larval e na fase adulta.
Os ovos de peixes são liberados em grande número, porém a taxa de mortalidade é muito alta, estes ovos apresentam quantidade moderada de reserva nutricional.
Quando chega a época de acasalamento, o casal de peixe-palhaço reproduz-se na lua cheia, a desova ocorre sobre uma rocha, bem pertinho de uma anêmona e, quem cuida dos ovos e dos peixinhos que nascerem, é o pai. O peixe palhaço nasce macho e, se não houver fêmeas por perto, um deles transforma-se em numa fêmea para que a reprodução possa continuar. Os indivíduos que possuem os dois sexos são chamados de hermafroditas.

Peixe palhaço.







Os cientistas chamam de fêmeas os indivíduos que possuem ovários (produtores de óvulos) e de machos os que possuem testículos (produtores de espermatozóides). Quando o espermatozóide encontra o óvulo, ambos se juntam ocorrendo a fertilização.
Com a fertilização, temos uma nova célula chamada ovo ou zigoto possuindo a metade das informações vindas do pai e outra metade, da mãe. Ele começa a se dividir até formar o embrião que continuará o seu desenvolvimento até o nascimento, o que requer muita energia o que é providenciado pelo vitelo, alimento previamente armazenado dentro do óvulo. Nos peixes, o embrião transforma-se em larva e, finalmente, nasce. A fase de desenvolvimento do ovo até a forma de larva (peixe jovem que nada e procura de comida) chama-se incubação, período é muito delicado e arriscado para a sobrevivência das larvas.


A) Um ovo, 4 horas após a fertilização;
B) 24 horas depois;
C) Antes do nascimento;

D) larva recém-nascida com o saco vitelínico.

segunda-feira, 23 de maio de 2016

O que são vírus?








 Os vírus são organismos extremamente simples, diferindo dos demais seres vivos por não possuírem organização celular, metabolismo próprio e por não serem capazes de se multiplicar sem auxílio de uma célula hospedeira. São parasitas intracelulares obrigatórios. Os vírus são os menores seres vivos conhecidos, visíveis apenas ao microscópio eletrônico. São tão pequenos que podem penetrar na célula das menores bactérias que se conhecem.
Possuem como material genético, o ácido desoxirribonucléico (ADN) ou o ácido ribonucléico (ARN), nunca ocorrendo os dois tipos de ácido nucléicos em um mesmo vírus.
Existem três tipos de vírus (A, B e C), sendo o A o grupo mais grave, até Março de 2009 foram computados 630.000 vírus conhecidos, porém é impossível dizer ao certo quantos existem pois nunca há um número exato

Características dos vírus

Acelulares, medem cerca de 200nm e só podem ser vistos ao microscópio eletrônico. Alguns cientistas não os consideram seres vivos, pois eles não têm a capacidade de se reproduzir sozinhos e dependem de alguma célula viva de animais, de plantas ou de bactérias para fazê-lo. Em seu interior encontramos uma cápsula proteica denominada de capsídeo. No interior do capsídeo, há ácido nucleico que pode ser DNA (ácido desoxirribonucleico) ou RNA (ácido ribonucleico) ou, então, os dois tipos.

Importância (maléfica) e como o vírus infecta uma célula?

Para se reproduzirem, os vírus precisam infectar células, introduzindo o seu material genético no interior delas. Esse processo tem início quando o vírus adere à parede celular ou à membrana, ligando-se a certas moléculas receptoras, existentes na superfície das células.

Alguns vírus atacam as células, invadindo-as com o capsídio, e outros injetam nelas apenas o seu material genético. Mas o fato é que, uma vez no seu interior, o vírus passa a controlar o metabolismo da célula infectada, inativando a maior parte dos genes e utilizando-se das substâncias existentes no interior da célula, a fim de multiplicar seu próprio material genético e fabricar capsídios para os novos vírus gerados

Importância (benefícios) e o que significa dizer que a doença é causada por ele?

  Os vírus são muito importantes na biologia molecular, são utilizados como vetores de clonagem, para inserir DNA nas bactérias e também como uma alternativa aos antibióticos para tratar infecções por bactérias. Alguns podem ser usados até como fonte de energia
 Ocupam uma posição estratégica na evolução dos seus hospedeiros. A maioria das espécies apresenta diversidade genética para a formação de anticorpos que atuam na resistência à doenças. Os vírus 'liberam' DNA.

Zika Vírus

























Zika Vírus é uma infecção causada pelo vírus ZIKV, transmitida pelo mosquito Aedes aegypti, mesmo transmissor da dengue e da febre chikungunya.

Causas

O contágio do vírus ZIKV se dá pelo mosquito que, após picar alguém contaminado, pode transportar o ZIKV durante toda a sua vida, transmitindo a doença para uma população que não possui anticorpos contra ele.

O ciclo de transmissão ocorre do seguinte modo: a fêmea do mosquito deposita seus ovos em recipientes com água. Ao saírem dos ovos, as larvas vivem na água por cerca de uma semana. Após este período, transformam-se em mosquitos adultos, prontos para picar as pessoas. O Aedes aegypti procria em velocidade prodigiosa e o mosquito adulto vive em média 45 dias. Uma vez que o indivíduo é picado, demora no geral de 3 a 12 dias para o Zika vírus causar sintomas.

A transmissão do ZIKV raramente ocorre em temperaturas abaixo de 16° C, sendo que a mais propícia gira em torno de 30° a 32° C - por isso ele se desenvolve em áreas tropicais e subtropicais. A fêmea coloca os ovos em condições adequadas (lugar quente e úmido) e em 48 horas o embrião se desenvolve. É importante lembrar que os ovos que carregam o embrião do mosquito transmissor da Zika Vírus podem suportar até um ano a seca e serem transportados por longas distâncias, grudados nas bordas dos recipientes e esperando um ambiente úmido para se desenvolverem. Essa é uma das razões para a difícil erradicação do mosquito. Para passar da fase do ovo até a fase adulta, o inseto demora dez dias, em média. Os mosquitos acasalam no primeiro ou no segundo dia após se tornarem adultos. Depois, as fêmeas passam a se alimentar de sangue, que possui as proteínas necessárias para o desenvolvimento dos ovos.

O mosquito Aedes aegypti mede menos de um centímetro, tem aparência inofensiva, cor café ou preta e listras brancas no corpo e nas pernas. Costuma picar nas primeiras horas da manhã e nas últimas da tarde, evitando o sol forte. No entanto, mesmo nas horas quentes ele pode atacar à sombra, dentro ou fora de casa. Há suspeitas de que alguns ataquem durante a noite. Normalmente isso ocorre quando há um criadouro dentro de casa, pois o Aedes é mosquito oportunista, ou seja, se alimenta sempre que tem oportunidade. O indivíduo não percebe a picada, pois não dói e nem coça no momento. Por ser um mosquito que voa baixo - até dois metros - é comum ele picar nos joelhos, panturrilhas e pés.


Sintomas 

Os sinais de infecção pelo Zika vírus são parecidos com os sintomas da dengue, e começam de 3 a 12 dias após a picada do mosquito. Os sintomas de Zika Vírus são: febre baixa , dor nas articulações, mais frequentemente nas articulações das mãos e pés, com possível inchaço, dor muscular, dor de cabeça e atrás dos olhos, erupções cutâneas, acompanhadas de coceira. Podem afetar o rosto, o tronco e alcançar membros periféricos, como mãos e pés, conjuntivite: um quadro de vermelhidão e inchaço nos olhos, mas em que não ocorre secreção.

Sintomas mais raros de infecção pelo Zika vírus incluem: dor abdominal, diarreia, constipação, fotofobia e pequenas úlceras na mucosa oral.



Tratamento

O tratamento para o Zika vírus é sintomático. Isso que dizer quer não há tratamento específico para a doença, só para alívio dos sintomas. Para limitar a transmissão do vírus, os pacientes devem ser mantidos sob mosquiteiros durante o estado febril, evitando que algum Aedes aegypti o pique, ficando também infectado.
Pacientes afetados com Zika Vírus podem usar medicamentos anti-inflamatórios e analgésicos. Entretanto, assim como na dengue e febre chikungunya, os medicamentos à base de ácido acetilsalicílico (aspirina) ou que contenham a substância associada devem ser evitados. Eles têm efeito anticoagulante e podem causar sangramentos. Outros anti-inflamatórios não hormonais (diclofenaco, ibuprofeno e piroxicam) também devem ser evitados. O uso destas medicações pode aumentar o risco de sangramentos.
O paracetamol e a dipirona são os medicamentos de escolha para o alívio dos sintomas de dor e febre devido ao seu perfil de segurança, sendo recomendado tanto pelo Ministério da Saúde, como pela Organização Mundial da Saúde. É importante ainda tomar muito líquido para evitar a desidratação.
Os sintomas se recuperam espontaneamente após 4-7 dias. Se você sentir incômodo por mais tempo, volte ao médico para investigar outras doenças.

Pneumonia



















Pneumonia é uma infecção que se instala nos pulmões.
Existem diversos tipos de pneumonia. Entre eles estão: pneumonia provocada por vírus, pneumonia provocada por fungos, pneumonia provocada por bactérias e pneumonia química.


Causas

Basicamente, pneumonias são provocadas pela penetração de um agente infeccioso ou irritante (bactérias, vírus, fungos e por reações alérgicas) no espaço alveolar, onde ocorre a troca gasosa. Esse local deve estar sempre muito limpo, livre de substâncias que possam impedir o contato do ar com o sangue. 
Diferentes do vírus da gripe, que é uma doença altamente infectante, os agentes infecciosos da pneumonia não costumam ser transmitidos facilmente.

Sintomas

Os sintomas de pneumonia são: febre alta, tosse, dor no tórax, alterações da pressão arterial, confusão mental, mal-estar generalizado, falta de ar, secreção de muco purulento de cor amarelada ou esverdeada, toxemia (danos provocados pelas toxinas carregadas pelo sangue) e prostração (fraqueza).


Tratamentos

O tratamento da pneumonia requer o uso de antibióticos, e a melhora costuma ocorrer em três ou quatro dias. A internação hospitalar para pneumonia pode fazer-se necessária quando a pessoa é idosa, tem febre alta ou apresenta alterações clínicas decorrentes da própria pneumonia, tais como: comprometimento da função dos rins e da pressão arterial, dificuldade respiratória caracterizada pela baixa oxigenação do sangue porque o alvéolo está cheio de secreção e não funciona para a troca de gases.

Poliomielite












É uma doença viral que pode afetar os nervos e levar à paralisia parcial ou total. Também é chamada de paralisia infantil, mas pode afetar tanto crianças quanto adultos.
A poliomielite foi praticamente erradicada em países industrializados com a vacinação de crianças, inclusive no Brasil, onde a vacina contra a doença foi incorporada à caderneta de vacinas obrigatória. Mas o vírus causador, no entanto, ainda pode ser encontrado em países da África e da Ásia.
De acordo com o Ministério da Saúde, o último caso de poliomielite registrado no Brasil foi em 1989. Atualmente, a cobertura vacinal brasileira contra pólio é acima dos 95% - um exemplo para o restante do mundo.
O número de casos da doença no mundo todo caiu 99% desde 1988, passando de 350 mil para 406 notificados em 2013, segundo dados da OMS.

Tipos

Existem dois tipos principais de doença causadas pelo poliovírus:
Poliomielite paralítica e poliomielite não-paralítica

Causas

A poliomielite é causada pela infecção do poliovírus, que se espalha por contato direto pessoa a pessoa, com muco, catarro ou fezes infectadas.
O vírusentra pelaboca e nariz e se multiplicanagarganta e no trato intestinal. Dali, alcança a correntesanguínea e podeatingir o cérebro. Quando a infecçãoataca o sistemanervoso, destróiosneurôniosmotores e provocaparalisianosmembrosinferiores. A doençapodelevar o indivíduo à morte se as células nervosas que controlamosmúsculosrespiratórios e de deglutiçãoforeminfectadas.
O  tempo que leva entre a infecção e surgimento dos primeirossintomas (período de incubação), varia de cinco a 35 dias, mas a média é de uma a duassemanas.
O poliovírus pode ser transmitido por meio de água e alimentos contaminadosoucontatodireto com umapessoainfectada. A doença é muitocontagiosa,pode ser pega no ar. Quem tem poliomielite pode transmitir a doença semanas após a infecção.

Fatores de risco

Se a pessoa não for imunizada devidamente tem mais risco de contrair a doença.
 Em áreas com más condições de saneamento básico e ausência de programas de imunização, a população fica mais vulnerável ao poliovírus, principalmente crianças até os cinco anos de idade, por isso o nome “paralisia infantil”. Mulheres grávidas, idosos e pessoas com sistema imunológico enfraquecido, são especialmente suscetíveis a contrair a doença.
Sem a vacina, outros fatores também podem aumentar o risco, como:
-Viajar para uma áreaonde a poliomielite é comum
-Conviver ou cuidar de alguém que possa estar infectado com o poliovírus.
-Ter extraído as amígdalas por amigdalectomia.
-Estresse extremo ou a atividade física extenuante após ter sido exposto ao vírus, já que o esgotamento pode tornar o corpo mais vulnerável à infecção.

Sintomas

Apoliomielite pode causar paralisia e até mesmo a morte, mas a maioria das pessoas infectadas com o poliovírus não fica doente e não manifesta sintomas, de modo que a doença acaba muitas vezes passando despercebida.

Poliomielite não-paralítica

Muitas pessoas que foram infectadas pelo poliovírus apresentam o tipo não-paralítico da doença. Normalmente a pessoa não manifesta sintomas, e quando os sinais da doença aparecem, eles geralmente são parecidos com os sintomas da gripe e de outras doenças virais leves ou moderadas. Os sinais e sintomas, costumam durar de um a dez dias, são eles:
-Febre
-Garganta inflamada
-Dor de cabeça
-Vômitos
-Fadiga
-Dor nas costas ou rigidez muscular
-Dor de garganta
-Dor ou rigidez nos braços e nas pernas
-Fraqueza muscular ou sensibilidade
-Meningite

Poliomielite paralítica

Raramente essa infecção leva à poliomielite paralítica, uma forma mais grave da doença. Recebe diferentes nomes dependendo da parte do corpo afetada: a medula espinhal (poliomielite espinhal), o tronco cerebral (poliomielite bulbar) ou ambos (poliomielite bulbospinal).
Alguns sinais da poliomielite paralítica, como febre e dor de cabeça inicial, são iguais aos da poliomielite não-paralítica. Dentro de uma semana, no entanto, os sintomas específicos de poliomielite paralítica aparecem, incluindo:
-Perda dos reflexos
-Dores musculares graves ou fraqueza
-Membros soltos e flácidos, normalmente piorem um lado do corpo.

Síndromepós-pólio

É um conjunto de sinais e sintomas incapacitantes que afetam algumas pessoas cerca de 35 anos após a poliomielite. Os sintomas mais comuns dessa síndrome incluem:
-Fraqueza muscular progressiva
-Dor nas articulações
-Fadiga geral e exaustão
-Atrofia muscular
-Dificuldade para respirar ou engolir
-Distúrbios respiratórios relacionados ao sono
-Intolerância ao frio
-Problemas cognitivos, tais como dificuldades de concentração e de memória
-Depressão ou oscilações de humor.

Diagnóstico e exames

Deve-se verificar com um médico de as recomendações de vacinação contra poliomielite antes de viajar para regiões que o vírus ainda não foi erradicado.
Deve-se também se atentar também aos sinais da doença, e procurar assistência médica urgentemente se:
-Seu filho não completou a série de vacinas de pólio
-Seu filho tiver uma reação alérgica após receber a vacina contra a poliomielite

Procure um médico também se tiver perguntas sobre a vacinação de adultos ou sobre a imunização contra a poliomielite e se você já teve poliomielite anos atrás e agora está apresentando sinais típicos da síndrome pós-pólio, como fraqueza e fadiga inexplicável.

Diagnóstico de Poliomielite

Os médicos normalmente reconhecem a poliomielite através da observação dos sintomas, tais como dor e rigidez no pescoço, reflexos anormais, lentos ou inexistentes e dificuldade de engolir e respirar. Para confirmar o diagnóstico, uma amostra de secreções da garganta, fezes ou líquido cefalorraquidiano - um líquido incolor que envolve o cérebro e a medula espinhal - é enviada para análise laboratorial, onde é confirmada a presença do poliovírus ou não.

Tratamento de Poliomielite

Não existe cura para esta doença, por isso o foco do tratamento é diminuir a sensação de desconforto, acelerar a recuperação e garantir a qualidade de vida do paciente. O tratamento deve ser iniciado o quanto antes para evitar complicações. Cuidados caseiros e acompanhados pelo médico podem ajudar na recuperação do paciente com pólio.

Convivendo (prognóstico)

Alguns cuidados podem ajudar a melhorar o bem estar dos pacientes com a doença como:
-Uso de analgésicos para aliviar a dor
-Ventiladores portáteis para auxiliar na respiração
-Exercício moderado (fisioterapia) para evitar deformações e perda da função muscular, em caso de poliomielite paralítica
-Dieta nutritiva.

Complicações possíveis

A poliomielite paralítica pode levar à paralisia muscular temporária ou permanente, incapacidade e deformidades dos quadris, tornozelos e pés. Muitas deformidades podem ser corrigidas com cirurgia e fisioterapia, mas esses tratamentos podem não ser possíveis em alguns países, principalmente países não industrializados, onde a doença ainda é comum, e por isso as crianças que sobrevivem à poliomielite podem passar a vida com deficiências graves.

Expectativas

O prognóstico depende do tipo de poliomielite e do local afetado pelo vírus. Se a medula espinhal e o cérebro não estiverem envolvidos, o que acontece em mais de 90% das vezes, normalmente a recuperação é completa.
O envolvimento do cérebro ou da medula espinhal é uma emergência médica que pode resultar em paralisia temporária ou permanente e até mesmo em morte.
A paralisia é uma conseqüência comum. A infecção em uma parte alta da medula espinhal ou no cérebro aumenta o risco de problemas respiratórios.

Prevenção


A imunização contra a pólio, feita com vacinas, previne efetivamente a poliomielite na grande maioria das pessoas. Acontecem anualmente campanhas nacionais de vacinação.

Dengue

















É uma doença febril aguda causada por um vírus (Aedes aegypti), sendo um dos principais problemas de saúde pública no mundo. O mosquito se desenvolve em áreas tropicais e subtropicais. A Organização Mundial da Saúde (OMS) estima que entre 50 a 100 milhões de pessoas se infectem anualmente com a dengue em mais de 100 países de todos os continentes, exceto a Europa. Cerca de 550 mil doentes necessitam de hospitalização e 20 mil morrem em consequência da dengue.

Existem quatro tipos de dengue, pois o vírus causador da dengue possui quatro sorotipos:
DEN-1;
DEN-2;
DEN-3;
DEN-4.

Quando uma pessoa é infectada com um determinado tipo de vírus, cria anticorpos no seu organismo e não irá mais contrair a doença por esse mesmo vírus, mas ainda pode ser infectada pelos outros três tipos. Isso quer dizer que só é possível pegar dengue quatro vezes. Embora seja considerada branda a doença pode evoluir para a dengue hemorrágica e a síndrome do choque da dengue.

História

  Em 1865 foi descrito o primeiro caso de dengue no Brasil, na cidade de Recife, sendo considerada epidêmica em 1846, quando se espalhou por vários estados, como Rio de Janeiro e São Paulo. Acredita-se que o mosquito chegou ao Brasil pelos navios negreiros, uma vez que as primeiras aparições do mosquito se deram no continente africano. A doença chegou a ser eliminada no país durante a década de 1950, mas ela volta em 1980 e está até os dias de hoje onde os quatro tipos de vírus circulam no país, sendo que foram registrados 587,8 mil casos de dengue em 2014, de acordo com o Ministério da Saúde.
Tipos
  Na maioria dos casos, a pessoa infectada não apresenta sintomas da dengue, mas para aqueles que apresentam, os tipos de dengue podem se manifestar clinicamente de três formas:
-Dengue clássica
  É a forma mais leve da doença, sendo muitas vezes confundida com a gripe. Tem início súbito e os sintomas podem durar de cinco a sete dias, apresentando sintomas como febre alta (39° a 40°C), dores de cabeça, cansaço, dor muscular e nas articulações, indisposição, vômitos.

-Dengue hemorrágica
  Acontece quando a pessoa infectada com dengue sofre alterações na coagulação sanguínea, se não for tratada com rapidez, pode levar à morte. É mais comum quando a pessoa está sendo infectada pela segunda ou terceira vez. Os sintomas iniciais são parecidos com os da dengue clássica, e somente após o terceiro ou quarto dia surgem hemorragias causadas pelo sangramento de pequenos vasos da pele e outros órgãos.

-Síndrome do choque da dengue
  É a complicação mais séria da dengue, se caracterizando por uma grande queda ou ausência de pressão arterial, acompanhado de inquietação, palidez e perda de consciência. Uma pessoa que sofreu choque por conta da dengue pode sofrer várias complicações neurológicas e cardiorrespiratórias, além de insuficiência hepática, hemorragia digestiva e derrame pleural.

Trasmissão
  Não é transmitida de pessoa para pessoa, se dá pelo mosquito que, após um período de 10 a 14 dias contados depois de picar alguém contaminado, pode transportar o vírus da dengue durante toda a sua vida. A fêmea deposita seus ovos em recipientes com água. Ao saírem dos ovos, as larvas vivem na água por cerca de uma semana. Após este período, transformam-se em mosquitos adultos, prontos para picar as pessoas. SE procria em velocidade muito rápida e o adulto vive em média 45 dias. Uma vez que o indivíduo é picado, demora no geral de três a 15 dias para a doença se manifestar, sendo mais comum cinco a seis dias.

  O mosquito Aedes aegypti mede menos de um centímetro, tem aparência inofensiva, cor café ou preta e listras brancas no corpo e nas pernas. Costuma picar nas primeiras horas da manhã e nas últimas da tarde, evitando o sol forte, mas, mesmo nas horas quentes, ele pode atacar à sombra, dentro ou fora de casa. Há suspeitas de que alguns ataquem durante a noite, já que o indivíduo não percebe a picada, pois não dói e nem coça no momento. A fêmea do também transmite a febre chikungunya e a febre Zika.

Prevenção
-Evite o acúmulo de água;
-Coloque areia nos vasos de plantas;
-Coloque desinfetante nos ralos;
-Limpe as calhas;
-Coloque tela nas janelas;
-Use repelente. 
Sintomas
  Os sintomas da dengue iniciam de uma hora para outra e duram entre 5 a 7 dias. Os principais sinais são:

Febre alta com início súbito (39° a 40°C);
Forte dor de cabeça;
Dor atrás dos olhos, que piora com o movimento dos mesmos;
Manchas e erupções na pele semelhantes ao sarampo, principalmente no tórax e membros superiores;
Náuseas e vômitos;
Tontura;
Extremo cansaço;
Muitas dores nos ossos e articulações.

  Na dengue hemorrágica, o quadro clínico se agrava rapidamente, apresentando sinais de insuficiência circulatória. A baixa circulação sanguínea pode levar a pessoa a um estado de choque. Alguns sinais:

Dor abdominal persistente e muito forte;
Mudança de temperatura do corpo e suor excessivo;
Pulso rápido e fraco;
Perda de consciência.

  A síndrome de choque da dengue, quando não tratada, pode levar a pessoa à morte em até 24 horas.

Diagnóstico
  Se você suspeita de dengue, vá direto ao hospital ou clínica de saúde mais próxima, e será solicitado o exame de sangue para dengue ou sorologia para dengue. Ele vai analisar a presença do vírus no seu sangue e leva de três a quatro dias para ficar pronto.

Tratamento
  É importante apenas tomar muito líquido para evitar a desidratação. Caso haja dores e febre, pode ser receitado algum medicamento antitérmico, como o paracetamol. Em alguns casos, é necessária internação para hidratação endovenosa e, nos casos graves, tratamento em unidade de terapia intensiva.