segunda-feira, 23 de maio de 2016

O que são vírus?








 Os vírus são organismos extremamente simples, diferindo dos demais seres vivos por não possuírem organização celular, metabolismo próprio e por não serem capazes de se multiplicar sem auxílio de uma célula hospedeira. São parasitas intracelulares obrigatórios. Os vírus são os menores seres vivos conhecidos, visíveis apenas ao microscópio eletrônico. São tão pequenos que podem penetrar na célula das menores bactérias que se conhecem.
Possuem como material genético, o ácido desoxirribonucléico (ADN) ou o ácido ribonucléico (ARN), nunca ocorrendo os dois tipos de ácido nucléicos em um mesmo vírus.
Existem três tipos de vírus (A, B e C), sendo o A o grupo mais grave, até Março de 2009 foram computados 630.000 vírus conhecidos, porém é impossível dizer ao certo quantos existem pois nunca há um número exato

Características dos vírus

Acelulares, medem cerca de 200nm e só podem ser vistos ao microscópio eletrônico. Alguns cientistas não os consideram seres vivos, pois eles não têm a capacidade de se reproduzir sozinhos e dependem de alguma célula viva de animais, de plantas ou de bactérias para fazê-lo. Em seu interior encontramos uma cápsula proteica denominada de capsídeo. No interior do capsídeo, há ácido nucleico que pode ser DNA (ácido desoxirribonucleico) ou RNA (ácido ribonucleico) ou, então, os dois tipos.

Importância (maléfica) e como o vírus infecta uma célula?

Para se reproduzirem, os vírus precisam infectar células, introduzindo o seu material genético no interior delas. Esse processo tem início quando o vírus adere à parede celular ou à membrana, ligando-se a certas moléculas receptoras, existentes na superfície das células.

Alguns vírus atacam as células, invadindo-as com o capsídio, e outros injetam nelas apenas o seu material genético. Mas o fato é que, uma vez no seu interior, o vírus passa a controlar o metabolismo da célula infectada, inativando a maior parte dos genes e utilizando-se das substâncias existentes no interior da célula, a fim de multiplicar seu próprio material genético e fabricar capsídios para os novos vírus gerados

Importância (benefícios) e o que significa dizer que a doença é causada por ele?

  Os vírus são muito importantes na biologia molecular, são utilizados como vetores de clonagem, para inserir DNA nas bactérias e também como uma alternativa aos antibióticos para tratar infecções por bactérias. Alguns podem ser usados até como fonte de energia
 Ocupam uma posição estratégica na evolução dos seus hospedeiros. A maioria das espécies apresenta diversidade genética para a formação de anticorpos que atuam na resistência à doenças. Os vírus 'liberam' DNA.

Zika Vírus

























Zika Vírus é uma infecção causada pelo vírus ZIKV, transmitida pelo mosquito Aedes aegypti, mesmo transmissor da dengue e da febre chikungunya.

Causas

O contágio do vírus ZIKV se dá pelo mosquito que, após picar alguém contaminado, pode transportar o ZIKV durante toda a sua vida, transmitindo a doença para uma população que não possui anticorpos contra ele.

O ciclo de transmissão ocorre do seguinte modo: a fêmea do mosquito deposita seus ovos em recipientes com água. Ao saírem dos ovos, as larvas vivem na água por cerca de uma semana. Após este período, transformam-se em mosquitos adultos, prontos para picar as pessoas. O Aedes aegypti procria em velocidade prodigiosa e o mosquito adulto vive em média 45 dias. Uma vez que o indivíduo é picado, demora no geral de 3 a 12 dias para o Zika vírus causar sintomas.

A transmissão do ZIKV raramente ocorre em temperaturas abaixo de 16° C, sendo que a mais propícia gira em torno de 30° a 32° C - por isso ele se desenvolve em áreas tropicais e subtropicais. A fêmea coloca os ovos em condições adequadas (lugar quente e úmido) e em 48 horas o embrião se desenvolve. É importante lembrar que os ovos que carregam o embrião do mosquito transmissor da Zika Vírus podem suportar até um ano a seca e serem transportados por longas distâncias, grudados nas bordas dos recipientes e esperando um ambiente úmido para se desenvolverem. Essa é uma das razões para a difícil erradicação do mosquito. Para passar da fase do ovo até a fase adulta, o inseto demora dez dias, em média. Os mosquitos acasalam no primeiro ou no segundo dia após se tornarem adultos. Depois, as fêmeas passam a se alimentar de sangue, que possui as proteínas necessárias para o desenvolvimento dos ovos.

O mosquito Aedes aegypti mede menos de um centímetro, tem aparência inofensiva, cor café ou preta e listras brancas no corpo e nas pernas. Costuma picar nas primeiras horas da manhã e nas últimas da tarde, evitando o sol forte. No entanto, mesmo nas horas quentes ele pode atacar à sombra, dentro ou fora de casa. Há suspeitas de que alguns ataquem durante a noite. Normalmente isso ocorre quando há um criadouro dentro de casa, pois o Aedes é mosquito oportunista, ou seja, se alimenta sempre que tem oportunidade. O indivíduo não percebe a picada, pois não dói e nem coça no momento. Por ser um mosquito que voa baixo - até dois metros - é comum ele picar nos joelhos, panturrilhas e pés.


Sintomas 

Os sinais de infecção pelo Zika vírus são parecidos com os sintomas da dengue, e começam de 3 a 12 dias após a picada do mosquito. Os sintomas de Zika Vírus são: febre baixa , dor nas articulações, mais frequentemente nas articulações das mãos e pés, com possível inchaço, dor muscular, dor de cabeça e atrás dos olhos, erupções cutâneas, acompanhadas de coceira. Podem afetar o rosto, o tronco e alcançar membros periféricos, como mãos e pés, conjuntivite: um quadro de vermelhidão e inchaço nos olhos, mas em que não ocorre secreção.

Sintomas mais raros de infecção pelo Zika vírus incluem: dor abdominal, diarreia, constipação, fotofobia e pequenas úlceras na mucosa oral.



Tratamento

O tratamento para o Zika vírus é sintomático. Isso que dizer quer não há tratamento específico para a doença, só para alívio dos sintomas. Para limitar a transmissão do vírus, os pacientes devem ser mantidos sob mosquiteiros durante o estado febril, evitando que algum Aedes aegypti o pique, ficando também infectado.
Pacientes afetados com Zika Vírus podem usar medicamentos anti-inflamatórios e analgésicos. Entretanto, assim como na dengue e febre chikungunya, os medicamentos à base de ácido acetilsalicílico (aspirina) ou que contenham a substância associada devem ser evitados. Eles têm efeito anticoagulante e podem causar sangramentos. Outros anti-inflamatórios não hormonais (diclofenaco, ibuprofeno e piroxicam) também devem ser evitados. O uso destas medicações pode aumentar o risco de sangramentos.
O paracetamol e a dipirona são os medicamentos de escolha para o alívio dos sintomas de dor e febre devido ao seu perfil de segurança, sendo recomendado tanto pelo Ministério da Saúde, como pela Organização Mundial da Saúde. É importante ainda tomar muito líquido para evitar a desidratação.
Os sintomas se recuperam espontaneamente após 4-7 dias. Se você sentir incômodo por mais tempo, volte ao médico para investigar outras doenças.

Pneumonia



















Pneumonia é uma infecção que se instala nos pulmões.
Existem diversos tipos de pneumonia. Entre eles estão: pneumonia provocada por vírus, pneumonia provocada por fungos, pneumonia provocada por bactérias e pneumonia química.


Causas

Basicamente, pneumonias são provocadas pela penetração de um agente infeccioso ou irritante (bactérias, vírus, fungos e por reações alérgicas) no espaço alveolar, onde ocorre a troca gasosa. Esse local deve estar sempre muito limpo, livre de substâncias que possam impedir o contato do ar com o sangue. 
Diferentes do vírus da gripe, que é uma doença altamente infectante, os agentes infecciosos da pneumonia não costumam ser transmitidos facilmente.

Sintomas

Os sintomas de pneumonia são: febre alta, tosse, dor no tórax, alterações da pressão arterial, confusão mental, mal-estar generalizado, falta de ar, secreção de muco purulento de cor amarelada ou esverdeada, toxemia (danos provocados pelas toxinas carregadas pelo sangue) e prostração (fraqueza).


Tratamentos

O tratamento da pneumonia requer o uso de antibióticos, e a melhora costuma ocorrer em três ou quatro dias. A internação hospitalar para pneumonia pode fazer-se necessária quando a pessoa é idosa, tem febre alta ou apresenta alterações clínicas decorrentes da própria pneumonia, tais como: comprometimento da função dos rins e da pressão arterial, dificuldade respiratória caracterizada pela baixa oxigenação do sangue porque o alvéolo está cheio de secreção e não funciona para a troca de gases.

Poliomielite












É uma doença viral que pode afetar os nervos e levar à paralisia parcial ou total. Também é chamada de paralisia infantil, mas pode afetar tanto crianças quanto adultos.
A poliomielite foi praticamente erradicada em países industrializados com a vacinação de crianças, inclusive no Brasil, onde a vacina contra a doença foi incorporada à caderneta de vacinas obrigatória. Mas o vírus causador, no entanto, ainda pode ser encontrado em países da África e da Ásia.
De acordo com o Ministério da Saúde, o último caso de poliomielite registrado no Brasil foi em 1989. Atualmente, a cobertura vacinal brasileira contra pólio é acima dos 95% - um exemplo para o restante do mundo.
O número de casos da doença no mundo todo caiu 99% desde 1988, passando de 350 mil para 406 notificados em 2013, segundo dados da OMS.

Tipos

Existem dois tipos principais de doença causadas pelo poliovírus:
Poliomielite paralítica e poliomielite não-paralítica

Causas

A poliomielite é causada pela infecção do poliovírus, que se espalha por contato direto pessoa a pessoa, com muco, catarro ou fezes infectadas.
O vírusentra pelaboca e nariz e se multiplicanagarganta e no trato intestinal. Dali, alcança a correntesanguínea e podeatingir o cérebro. Quando a infecçãoataca o sistemanervoso, destróiosneurôniosmotores e provocaparalisianosmembrosinferiores. A doençapodelevar o indivíduo à morte se as células nervosas que controlamosmúsculosrespiratórios e de deglutiçãoforeminfectadas.
O  tempo que leva entre a infecção e surgimento dos primeirossintomas (período de incubação), varia de cinco a 35 dias, mas a média é de uma a duassemanas.
O poliovírus pode ser transmitido por meio de água e alimentos contaminadosoucontatodireto com umapessoainfectada. A doença é muitocontagiosa,pode ser pega no ar. Quem tem poliomielite pode transmitir a doença semanas após a infecção.

Fatores de risco

Se a pessoa não for imunizada devidamente tem mais risco de contrair a doença.
 Em áreas com más condições de saneamento básico e ausência de programas de imunização, a população fica mais vulnerável ao poliovírus, principalmente crianças até os cinco anos de idade, por isso o nome “paralisia infantil”. Mulheres grávidas, idosos e pessoas com sistema imunológico enfraquecido, são especialmente suscetíveis a contrair a doença.
Sem a vacina, outros fatores também podem aumentar o risco, como:
-Viajar para uma áreaonde a poliomielite é comum
-Conviver ou cuidar de alguém que possa estar infectado com o poliovírus.
-Ter extraído as amígdalas por amigdalectomia.
-Estresse extremo ou a atividade física extenuante após ter sido exposto ao vírus, já que o esgotamento pode tornar o corpo mais vulnerável à infecção.

Sintomas

Apoliomielite pode causar paralisia e até mesmo a morte, mas a maioria das pessoas infectadas com o poliovírus não fica doente e não manifesta sintomas, de modo que a doença acaba muitas vezes passando despercebida.

Poliomielite não-paralítica

Muitas pessoas que foram infectadas pelo poliovírus apresentam o tipo não-paralítico da doença. Normalmente a pessoa não manifesta sintomas, e quando os sinais da doença aparecem, eles geralmente são parecidos com os sintomas da gripe e de outras doenças virais leves ou moderadas. Os sinais e sintomas, costumam durar de um a dez dias, são eles:
-Febre
-Garganta inflamada
-Dor de cabeça
-Vômitos
-Fadiga
-Dor nas costas ou rigidez muscular
-Dor de garganta
-Dor ou rigidez nos braços e nas pernas
-Fraqueza muscular ou sensibilidade
-Meningite

Poliomielite paralítica

Raramente essa infecção leva à poliomielite paralítica, uma forma mais grave da doença. Recebe diferentes nomes dependendo da parte do corpo afetada: a medula espinhal (poliomielite espinhal), o tronco cerebral (poliomielite bulbar) ou ambos (poliomielite bulbospinal).
Alguns sinais da poliomielite paralítica, como febre e dor de cabeça inicial, são iguais aos da poliomielite não-paralítica. Dentro de uma semana, no entanto, os sintomas específicos de poliomielite paralítica aparecem, incluindo:
-Perda dos reflexos
-Dores musculares graves ou fraqueza
-Membros soltos e flácidos, normalmente piorem um lado do corpo.

Síndromepós-pólio

É um conjunto de sinais e sintomas incapacitantes que afetam algumas pessoas cerca de 35 anos após a poliomielite. Os sintomas mais comuns dessa síndrome incluem:
-Fraqueza muscular progressiva
-Dor nas articulações
-Fadiga geral e exaustão
-Atrofia muscular
-Dificuldade para respirar ou engolir
-Distúrbios respiratórios relacionados ao sono
-Intolerância ao frio
-Problemas cognitivos, tais como dificuldades de concentração e de memória
-Depressão ou oscilações de humor.

Diagnóstico e exames

Deve-se verificar com um médico de as recomendações de vacinação contra poliomielite antes de viajar para regiões que o vírus ainda não foi erradicado.
Deve-se também se atentar também aos sinais da doença, e procurar assistência médica urgentemente se:
-Seu filho não completou a série de vacinas de pólio
-Seu filho tiver uma reação alérgica após receber a vacina contra a poliomielite

Procure um médico também se tiver perguntas sobre a vacinação de adultos ou sobre a imunização contra a poliomielite e se você já teve poliomielite anos atrás e agora está apresentando sinais típicos da síndrome pós-pólio, como fraqueza e fadiga inexplicável.

Diagnóstico de Poliomielite

Os médicos normalmente reconhecem a poliomielite através da observação dos sintomas, tais como dor e rigidez no pescoço, reflexos anormais, lentos ou inexistentes e dificuldade de engolir e respirar. Para confirmar o diagnóstico, uma amostra de secreções da garganta, fezes ou líquido cefalorraquidiano - um líquido incolor que envolve o cérebro e a medula espinhal - é enviada para análise laboratorial, onde é confirmada a presença do poliovírus ou não.

Tratamento de Poliomielite

Não existe cura para esta doença, por isso o foco do tratamento é diminuir a sensação de desconforto, acelerar a recuperação e garantir a qualidade de vida do paciente. O tratamento deve ser iniciado o quanto antes para evitar complicações. Cuidados caseiros e acompanhados pelo médico podem ajudar na recuperação do paciente com pólio.

Convivendo (prognóstico)

Alguns cuidados podem ajudar a melhorar o bem estar dos pacientes com a doença como:
-Uso de analgésicos para aliviar a dor
-Ventiladores portáteis para auxiliar na respiração
-Exercício moderado (fisioterapia) para evitar deformações e perda da função muscular, em caso de poliomielite paralítica
-Dieta nutritiva.

Complicações possíveis

A poliomielite paralítica pode levar à paralisia muscular temporária ou permanente, incapacidade e deformidades dos quadris, tornozelos e pés. Muitas deformidades podem ser corrigidas com cirurgia e fisioterapia, mas esses tratamentos podem não ser possíveis em alguns países, principalmente países não industrializados, onde a doença ainda é comum, e por isso as crianças que sobrevivem à poliomielite podem passar a vida com deficiências graves.

Expectativas

O prognóstico depende do tipo de poliomielite e do local afetado pelo vírus. Se a medula espinhal e o cérebro não estiverem envolvidos, o que acontece em mais de 90% das vezes, normalmente a recuperação é completa.
O envolvimento do cérebro ou da medula espinhal é uma emergência médica que pode resultar em paralisia temporária ou permanente e até mesmo em morte.
A paralisia é uma conseqüência comum. A infecção em uma parte alta da medula espinhal ou no cérebro aumenta o risco de problemas respiratórios.

Prevenção


A imunização contra a pólio, feita com vacinas, previne efetivamente a poliomielite na grande maioria das pessoas. Acontecem anualmente campanhas nacionais de vacinação.

Dengue

















É uma doença febril aguda causada por um vírus (Aedes aegypti), sendo um dos principais problemas de saúde pública no mundo. O mosquito se desenvolve em áreas tropicais e subtropicais. A Organização Mundial da Saúde (OMS) estima que entre 50 a 100 milhões de pessoas se infectem anualmente com a dengue em mais de 100 países de todos os continentes, exceto a Europa. Cerca de 550 mil doentes necessitam de hospitalização e 20 mil morrem em consequência da dengue.

Existem quatro tipos de dengue, pois o vírus causador da dengue possui quatro sorotipos:
DEN-1;
DEN-2;
DEN-3;
DEN-4.

Quando uma pessoa é infectada com um determinado tipo de vírus, cria anticorpos no seu organismo e não irá mais contrair a doença por esse mesmo vírus, mas ainda pode ser infectada pelos outros três tipos. Isso quer dizer que só é possível pegar dengue quatro vezes. Embora seja considerada branda a doença pode evoluir para a dengue hemorrágica e a síndrome do choque da dengue.

História

  Em 1865 foi descrito o primeiro caso de dengue no Brasil, na cidade de Recife, sendo considerada epidêmica em 1846, quando se espalhou por vários estados, como Rio de Janeiro e São Paulo. Acredita-se que o mosquito chegou ao Brasil pelos navios negreiros, uma vez que as primeiras aparições do mosquito se deram no continente africano. A doença chegou a ser eliminada no país durante a década de 1950, mas ela volta em 1980 e está até os dias de hoje onde os quatro tipos de vírus circulam no país, sendo que foram registrados 587,8 mil casos de dengue em 2014, de acordo com o Ministério da Saúde.
Tipos
  Na maioria dos casos, a pessoa infectada não apresenta sintomas da dengue, mas para aqueles que apresentam, os tipos de dengue podem se manifestar clinicamente de três formas:
-Dengue clássica
  É a forma mais leve da doença, sendo muitas vezes confundida com a gripe. Tem início súbito e os sintomas podem durar de cinco a sete dias, apresentando sintomas como febre alta (39° a 40°C), dores de cabeça, cansaço, dor muscular e nas articulações, indisposição, vômitos.

-Dengue hemorrágica
  Acontece quando a pessoa infectada com dengue sofre alterações na coagulação sanguínea, se não for tratada com rapidez, pode levar à morte. É mais comum quando a pessoa está sendo infectada pela segunda ou terceira vez. Os sintomas iniciais são parecidos com os da dengue clássica, e somente após o terceiro ou quarto dia surgem hemorragias causadas pelo sangramento de pequenos vasos da pele e outros órgãos.

-Síndrome do choque da dengue
  É a complicação mais séria da dengue, se caracterizando por uma grande queda ou ausência de pressão arterial, acompanhado de inquietação, palidez e perda de consciência. Uma pessoa que sofreu choque por conta da dengue pode sofrer várias complicações neurológicas e cardiorrespiratórias, além de insuficiência hepática, hemorragia digestiva e derrame pleural.

Trasmissão
  Não é transmitida de pessoa para pessoa, se dá pelo mosquito que, após um período de 10 a 14 dias contados depois de picar alguém contaminado, pode transportar o vírus da dengue durante toda a sua vida. A fêmea deposita seus ovos em recipientes com água. Ao saírem dos ovos, as larvas vivem na água por cerca de uma semana. Após este período, transformam-se em mosquitos adultos, prontos para picar as pessoas. SE procria em velocidade muito rápida e o adulto vive em média 45 dias. Uma vez que o indivíduo é picado, demora no geral de três a 15 dias para a doença se manifestar, sendo mais comum cinco a seis dias.

  O mosquito Aedes aegypti mede menos de um centímetro, tem aparência inofensiva, cor café ou preta e listras brancas no corpo e nas pernas. Costuma picar nas primeiras horas da manhã e nas últimas da tarde, evitando o sol forte, mas, mesmo nas horas quentes, ele pode atacar à sombra, dentro ou fora de casa. Há suspeitas de que alguns ataquem durante a noite, já que o indivíduo não percebe a picada, pois não dói e nem coça no momento. A fêmea do também transmite a febre chikungunya e a febre Zika.

Prevenção
-Evite o acúmulo de água;
-Coloque areia nos vasos de plantas;
-Coloque desinfetante nos ralos;
-Limpe as calhas;
-Coloque tela nas janelas;
-Use repelente. 
Sintomas
  Os sintomas da dengue iniciam de uma hora para outra e duram entre 5 a 7 dias. Os principais sinais são:

Febre alta com início súbito (39° a 40°C);
Forte dor de cabeça;
Dor atrás dos olhos, que piora com o movimento dos mesmos;
Manchas e erupções na pele semelhantes ao sarampo, principalmente no tórax e membros superiores;
Náuseas e vômitos;
Tontura;
Extremo cansaço;
Muitas dores nos ossos e articulações.

  Na dengue hemorrágica, o quadro clínico se agrava rapidamente, apresentando sinais de insuficiência circulatória. A baixa circulação sanguínea pode levar a pessoa a um estado de choque. Alguns sinais:

Dor abdominal persistente e muito forte;
Mudança de temperatura do corpo e suor excessivo;
Pulso rápido e fraco;
Perda de consciência.

  A síndrome de choque da dengue, quando não tratada, pode levar a pessoa à morte em até 24 horas.

Diagnóstico
  Se você suspeita de dengue, vá direto ao hospital ou clínica de saúde mais próxima, e será solicitado o exame de sangue para dengue ou sorologia para dengue. Ele vai analisar a presença do vírus no seu sangue e leva de três a quatro dias para ficar pronto.

Tratamento
  É importante apenas tomar muito líquido para evitar a desidratação. Caso haja dores e febre, pode ser receitado algum medicamento antitérmico, como o paracetamol. Em alguns casos, é necessária internação para hidratação endovenosa e, nos casos graves, tratamento em unidade de terapia intensiva.


Rubéola


  











É também conhecida como sarampo alemão, é uma infecção contagiosa causada por vírus e caracterizada por erupções vermelhas na pele.

Causas
  É causada pelo Rubella vírus, é contagiosa já que é transmitida de pessoa para pessoa através do espirro ou tosse, a pessoa portadora do vírus pode transmiti-lo mesmo sem saber afinal ocorre desde uma semana antes do aparecimento até uma a duas semanas depois de seu desaparecimento. Também pode ser transmitida de mãe para filho durante a gravidez (congênita - Algo que está presente desde o seu nascimento, ou seja, uma característica que acompanha o indivíduo ao longo de toda a sua vida, surgindo no seu nascimento ou mesmo antes, durante a gestação no ventre de sua progenitora).

Fatores de risco
*Ter contato próximo com uma pessoa infectada;
*Não tomar a vacina tríplice viral, pode tornar a pessoa vulnerável ao vírus causador da rubéola (que age também contra o sarampo e a caxumba);
*Recém-nascidos costumam ser a faixa etária de maior risco. Nos adultos pode acontecer de a vacina perder a eficácia e deixar de proteger a pessoa completamente, por isso é recomendável que se tome um reforço da vacina alguns anos após a primeira dose.

Sintomas
  Costumam ser leves e difíceis de serem notados, especialmente em crianças. Os sinais geralmente demoram de duas a três semanas para se manifestar após o contato com o vírus e duram em média de dois a três dias. Ocorre o surgimento de erupções vermelhas pela pele, que aparecem primeiramente no rosto e depois vão se espalhando pelo tronco, braços e pernas.

Outros:
-Febre leve;
-Dor de cabeça;
-Congestão nasal;
-Inflamação nos olhos (avermelhados);
-Desconforto geral e sensação de mal-estar constante;
-Dor muscular e nas articulações.

Gravida.

  Contrair a doença durante o primeiro trimestre da gestação pode causar sérios riscos à saúde do bebê, podendo inclusive levar à má-formação de órgãos e à interrupção da gravidez, ela é durante a gestação a principal causa de surdez congênita.

Diagnóstico

  O médico pedirá por exames laboratoriais para ter certeza de que se trata de uma infecção por rubéola. Um deles é o exame de sangue para verificar se a pessoa está protegida contra a rubéola. As mulheres com possibilidade de engravidar deveriam fazer esse exame, se der negativo, elas receberão a vacina.

Tratamento
  Não há tratamento disponível para interromper a infecção por rubéola, mas os sintomas são tão leves que o tratamento não costuma ser necessário. Para evitar a transmissão do vírus os pacientes devem permanecer em casa durante o período de altas chances de contágio.
Cuidados:

-Repouso;
-O uso de medicamentos para aliviar a febre e o desconforto causado pelas dores;
-Evitar ir ao trabalho, escola, faculdade ou frequentar ambientes sociais, a fim de evitar a transmissão.

Complicações
  Pode acontecer de ela evoluir para complicações mais sérias, como otite média e até encefalite. Grávidas podem apresentar artrite nos dedos, pulsos ou nos joelhos, que pode durar aproximadamente um mês. As consequências para um recém-nascido que herdou a doença da mãe, no entanto, podem ser graves. Entre elas estão:

Deficiência intelectual;
Catarata;
Surdez;
Problemas cardíacos congênitos;
Defeitos no funcionamento de alguns órgãos;
Retardo no crescimento.

  Uma vez tendo sido infectado pelo vírus da rubéola, a pessoa estará permanentemente imune a ela, ou seja, não poderá ter rubéola novamente. Os sintomas costumam desaparecer sozinhos.

Prevenção
 Através da vacina que é recomendada para todas as crianças. Normalmente aplicada em bebês de 12 a 15 meses, mas algumas vezes é administrada antes e durante epidemias. Uma segunda vacinação (reforço) é aplicada rotineiramente em crianças entre quatro e seis anos. A tríplice viral é uma vacina combinada que protege contra sarampo, caxumba e rubéola. Tetra viral protege também contra catapora.


domingo, 22 de maio de 2016

Síndrome mão-pé-boca






A síndrome mão-pé-boca é transmitida pelo enterovírus 71, que também é conhecido por vírus cosxackie, pertencente a família das enteroviroses. A síndrome tem esse nome, devido a sua principal característica, que é a presença de feridas avermelhadas na planta dos pés, mãos e interior da garganta.

Causas
O enterovírus 71 pode ser transmitido pelo contato com fezes infectadas e também é facilmente espalhado através de tosse, espirros e saliva.

Fatores de risco
Os principais afetados pela síndrome são as crianças, mas também pode atingir adultos que entrarem em contato com a mucosa ou fraldas de uma criança infectada.
Como no outono e no inverno a imunidade fica mais baixa, a incidência pode aumentar até 20%.

 sintomas
Os primeiros sintomas são febre entre 38 e 39 graus e dores de garganta. Após dois dias, aparecem lesões (feridas avermelhadas) na região das plantas dos pés, mãos e interior da garganta, podendo ou não se espalhar para as coxas e nádegas. Em alguns casos a criança não apresenta sintomas aparentes.
Em casos mais graves, as lesões podem se transformar em pústulas ou bolhas, que estouram depois de seis dias, e devido as lesões no fundo da garganta, quem sofre com a síndrome também sente dificuldade para engolir qualquer alimento, e até mesmo líquidos.

Diagnóstico e exames
Em geral, apenas uma análise das feridas já é suficiente para que a síndrome mão-pé-boca seja identificada. Se houver dúvidas, o médico poderá pedir um exame de sangue sorológico. O enterovírus 71 também pode ser identificado por um exame de fezes.

 tratamento e cuidados

Tratamento de Síndrome mão-pé-boca

A síndrome mão-pé-boca é tratada com medicamentos anti-inflamatórios ou, se o quadro for grave, medicamentos antivirais. É importante oferecer ao paciente muito líquido, de preferência em temperatura baixa, e evitar a ingestão de alimentos muito quentes, ácidos ou condimentados – que podem acentuar as dores na garganta.

Em geral, a síndrome mão-pé-boca desaparece sozinha dentro de cinco e sete dias. Após a melhora dos sintomas, o paciente adquire imunidade ao enterovírus 71, não sendo contaminado novamente.

 convivendo (prognóstico)

Complicações possíveis


Por conta da dificuldade de engolir, a criança pode ficar muito tempo ingerindo poucas quantidades de líquidos, podendo sofrer uma desidratação. Nesse caso, há a necessidade de internação para que o paciente receba soro fisiológico.

Gastroenterite Viral











A transmissão da gastroenterite viral, que é o tipo mais frequente acontece pelo contato com pessoas e objetos infectados, como aperto de mãos, uso de banheiros, copos que estejam com a bactéria, entre outros.

A doença do tipo viral pode causar epidemia, portanto os cuidados com higiene são fundamentais para evitar o contágio para demais pessoas.

No caso da gastroenterite bacteriana, a doença acontece geralmente por casos de intoxicação alimentar, onde as bactérias, toxinas ou parasitas estão presentes em alimentos que o paciente consumiu.



Sintomas


As características da doença são compostas pela diarreia, vômitos, dores estomacais e também por cólicas.

Falta de apetite, dores de cabeça e febre também podem completar os sintomas, que geralmente começam a aparecer no paciente de 12 a 72 horas após o contato com a bactéria ou vírus.

Quando a doença atinge crianças e bebês, sintomas comoperda de peso, muita sede e boca seca, além da diminuição na quantidade diária de urina são presentes no paciente.

A doença requer que assim que identificado os sintomas, o paciente procure um médico para que o mesmo possa orientar nas condições de tratamento.



Diagnóstico


A doença é diagnosticada com base nos sinais e sintomas relatados pelo paciente.

Exames complementares são essenciais para o auxilio na apuração da doença, como exames de sangue e fezes, que podem constatar a intoxicação alimentar.

O médico tenta resgatar também, pela memória do paciente, quais foram os alimentos consumidos e onde, para que possa se avisar os órgãos públicos e ajudar a evitar que mais pessoas sejam contaminadas, caso a suspeita da transmissão da doença seja a ingestão de algum alimento.

É possível que os médicos solicitem ao paciente exames que possam estudar o intestino e estômago, este é realizado com a ajuda de um colonoscópio, que é um tubo flexível que permite a visualização interna do órgão.



Tratamento


Na maioria dos casos o tratamento da doença acontece por meio da ingestão de líquidos adequados e também em quantidade ideal, para que o paciente possa se manter hidratado.

É possível que o médico indique algum medicamento que possa aliviar ou cortar as ânsias de vômitos, que podem acompanhar o paciente por mais de três dias, causando desconforto e constrangimento aos pacientes.

Durante o tratamento, onde o paciente vai ingerir muito líquido, é importante que o paciente evite líquidos como refrigerantes, por conta do gás e também sucos de grutas ácidas, como laranja e abacaxi, por exemplo.

Com o passar dos dias, o paciente deve incluir na dieta, alimentos leves, como frutas e cereais, que aos poucos vai se readaptando ao estômago. Os pacientes geralmente levam até 24 horas, após o início do tratamento para sentir melhoras e o alívio dos sintomas.

Existem alguns tratamentos naturais, que consiste em cuidar do paciente sem medicação, apenas com chás caseiros e dieta de alimentos leves e sem acidez, mas a melhor forma para garantir o resultado no tratamento é seguir as orientações médicas. Neste caso o paciente passará a ingerir líquidos em quantidade indicada pelo médico, além dos alimentos adequados para o período de tratamento.

Alguns alimentos como leite e derivados, refrigerantes e café são proibidos para que o paciente consuma durante o período de tratamento.



Como prevenir


A higiene é um dos meios preventivos da doença. Lave sempre as mãos, principalmente quando chegar da rua, ou de lugares onde teve contado com pessoas desconhecidas e objetos que são público, onde muitas pessoas passam e tem contato, como por exemplo, ônibus, uso de orelhões e etc.

Se houver algum caso na família, é importante que alguns objetos sejam separados, como por exemplo, copos, talheres, toalhas, entre outros.

Até mesmo durante um beijo é possível que haja transmissão.

Alimentos mal preparados também são motivadores da doença, por isso, preste sempre atenção tanto na data de validade quanto no método em que o alimento é preparado para servir.


Em sua casa, mantenha locais como banheiros e pias bem limpas, pois as bactérias também podem contaminar pessoas estando em objetos e locais que hajam facilidade para acontecer a transmissão entre as pessoas.

Varíola















É uma doença infectocontagiosa provocada por um vírus que afeta os seres humanos há milhares de anos, foi descoberto quando cientistas notaram que uma múmia, que viveu de meados de 1550 a 1307 a.C., apresentava vestígios do vírus.
Essa doença foi erradicada em todo o mundo por volta de 1970, depois de uma campanha de imunização global sem precedentes organizada pela Organização Mundial da Saúde (OMS). Hoje, as amostras de vírus da varíola foram mantidos para fins de pesquisa.
A varíola não tem cura nem tratamento e deve ser evitada por meio de vacinação.

Causas
A varíola é causada por infecção com o vírus da Orthopoxvírus variolae, que pode ser transmitido diretamente de pessoa para pessoa. Para a transmissão direta do vírus é necessário o contato direto prolongado. O vírus pode ser transmitido pelo ar através de gotículas espelidas por pessoas infectadas, ao tossir, espirrar ou falar. Em casos raros, o vírus pode ser transmitido indiretamente, o vírus se espalha mais longe pelo ar, possivelmente por meio do sistema de ventilação em um edifício, infectando pessoas em outros quartos ou em outros andares.
Raramente varíola também pode ser transmitida por contato com roupas e lençóis contaminados.
A infecção por varíola pode continuar ativa (sob condições específicas) por até 24 horas. Em condições desfavoráveis, o vírus só vive por até seis horas.

Fatores de risco
O último caso que foi registrado da doença fora de laboratórios foi em 1977, na Somália. As vacinas, inclusive, não são mais ministradas para a população, pois não há mais necessidade de imunização.
Ou seja não há nenhum fator de risco conhecido hoje para a doença.

 Sintomas

Os primeiros sintomas da varíola costumavam aparecer cerca de 12 a 14 dias depois da infecção pelo vírus. Durante o período de incubação, que dura entre 7 e 17 dias, a pessoa não manifesta sintomas e não é capaz de transmitir a doença.
Depois desse período de incubação, alguns sinais e sintomas característicos da gripe começam a surgir, como:
-Febre
-Desconforto geral
-Dor de cabeça
-Fadiga severa
-Dores nas costas
-Vômitos
Alguns dias depois, começam a aparecer manchas vermelhas no rosto, nas mãos, nos antebraços e, até no tronco. Dentro de um ou dois dias, muitas dessas lesões passam a ser pequenas bolhas cheias de líquido claro, que se transforma em pus. Crostas começam a se formar oito a nove dias depois e, que podem cair, deixando profundas cicatrizes.
As lesões também podem se desenvolver nas membranas mucosas do nariz e boca.

Diagnóstico e exames
Se um surto de varíola ocorresse hoje, é provável que a doença se espalhasse e evoluísse.
Apenas um caso confirmado de varíola já seria o suficiente para se tornar uma emergência internacional de saúde. Podem ser feitos testes definitivos utilizando uma amostra de tecido retirado de uma das lesões na pele da pessoa infectada.

Tratamento e cuidados
Casoacontecesse um novo surto de varíola, se a vacina contra a doença for administrada na pessoa infectada de um até quatro dias no máximo após a exposição, pode-se evitá-la ou torná-la até mesmo menos severa. Uma vez iniciados os sintomas, o tratamento é limitado.
Não há medicamentos específicos para o tratamento da varíola.
Então, os indivíduos diagnosticados com varíola e todos que estiverem em contato próximo a ele precisam ser rapidamente isolados. Eles também devem receber a vacina e serão constantemente monitorados.

Complicações possíveis

A varíola é uma doença milenar que já afetou milhões de pessoas ao longo de muitos e muitos anos. Não à toa, ela também infectou e matou muitas pessoas conhecidas por todos nós. Alguns exemplos de pessoas que foram vítimas do vírus quase sempre mortal da varíola:
Ramsés V, faraó do Egito entre 1146 a.C. e 1142 a.C., aproximadamente
Shunzhi, imperador da China, de 1638 a 1661
Maria II, que foi rainha da Inglaterra durante o século XVII
O rei Luís XV, da França (de 1715-1774)Pedro II, imperador da Rússia durante o século XVIII também
O compositor Ludwig van Beethoven, que foi infectado, mas sobreviveu
O ex-presidente norte-americano, Abraham Lincoln, que acabou com a escravidão nos Estados Unidos, também sobreviveu à doença

O ditador Josef Stalin também foi vítima da doença, mas não morreu em decorrência da varíola, e sim de um derrame cerebral.